O PSOL prepara o lançamento de uma campanha pelo afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A pressão pela saída de Sarney aumentou depois da descoberta que seu neto é dono de uma empresa que negocia contratos de empréstimos consignados com funcionários do Senado. Vários parentes de Sarney foram empregados em gabinetes de outros senadores por meio de nomeações em atos secretos.
Na segunda-feira, integrantes do PSOL coletam assinaturas da população em defesa da instalação de uma CPI para investigar as irregularidades do Senado. A coleta ocorrerá na praça do Patriarca, região central.
O PSOL também entrará com uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Sarney. A ofensiva do PSOL contra Sarney deve ser estendida a outros ex-presidentes da Casa. O partido avalia entregar ao Conselho de Ética do Senado representações por quebra de decoro parlamentar contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Assim como no caso de Sarney, Renan e Garibaldi seriam denunciados por causa dos atos secretos.
Pelo regimento do Congresso, os partidos políticos têm autonomia para representar contra parlamentares por quebra de decoro parlamentar. Agora, o processo segue direto para o Conselho de Ética se atender alguns requisitos, como fundamento do pedido de investigação, fato determinado e cinco testemunhas que validem o documento, entre outras exigências. Se o projeto chegar ao Conselho de Ética, Sarney poderá ser afastado do comando da Casa.
Estratégia
Em conversas com aliados nesta sexta-feira, Sarney se mostrou disposto a permanecer no cargo em meio à crise política que atinge a instituição. Apesar da pressão de vários senadores para que Sarney se afaste temporariamente da presidência, a expectativa de senadores ligados ao peemedebista é que as denúncias comecem a reduzir gradativamente --o que lhe daria fôlego para permanecer no cargo.
A reportagem apurou que senadores do grupo ligado a Sarney consideram este fim de semana decisivo para o senador. Se surgirem novas denúncias de supostas irregularidades envolvendo familiares do presidente da Casa, a situação do parlamentar pode piorar. Do contrário, apostam que o calendário vai agir em favor do peemedebista.
Na próxima semana, os aliados de Sarney avaliam que as atenções da Casa vão estar voltadas para a instalação de duas CPIs: da Petrobras e do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) --o que pode tirar o parlamentar do "fogo cruzado". Depois disso, acreditam que o Congresso vai entrar em ritmo de recesso parlamentar, dando chances para Sarney sobreviver à crise. (Folha online)
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