Preocupado com a repercussão negativa que sua nota da véspera tivera no DEM, já que se disse vítima de uma campanha midiática por apoiar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Sarney tentou desfazer o mal-estar ligando para senadores do partido. Ele passou esta sexta pela Casa, mas não chegou a presidir a sessão, de manhã. E despachou em seu gabinete pessoal.
Na saída, mais de uma dezena de seguranças cercaram Sarney para que escapasse das perguntas dos jornalistas que o aguardavam. No fim do dia, Sarney reuniu-se com Renan e Wellington Salgado (PMDB-MG). O líder do PMDB vai passar o fim de semana em Brasília, para socorrer Sarney caso surjam novas denúncias.
O presidente Lula reforçou a recomendação dada ao PT na semana passada de blindar Sarney, mesmo com o constrangimento de setores da bancada no Senado. O temor de Lula é que o PMDB, de fato, use a CPI da Petrobras para pressionar o governo.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), chamou de infeliz a forma como Sarney tentou se explicar:
- Foi uma frase infeliz, mas que reforça que o DEM não tem qualquer compromisso com Sarney, além daquele eleitoral que o ajudou a se eleger em fevereiro. Tanto que o presidente do Senado foi buscar o apoio do PT e do governo. O nosso, ele sabe que não terá se não tiver resposta para as nossas perguntas.
Adriana Vasconcelos, Gerson Camarotti e Isabel Braga
(G1)
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